O 31 de outubro é cada
vez mais o Halloween ou Dia das Bruxas para os brasileiros do que qualquer reflexão
sobre A Reforma Protestante.
O Dia das Bruxas é
conhecido mundialmente como um feriado celebrado principalmente nos Estados
Unidos, onde é chamado de Halloween. Mas hoje em dia é celebrado em diversos
outros países do mundo, inclusive o Brasil.
O Halloween tem suas
raízes não na cultura americana, mas no Reino Unido. Seu nome deriva de
"All Hallows' Eve". "Hallow" é um termo antigo para
"santo", e "eve" é o mesmo que "véspera". O termo
designava, até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos,
celebrado em 1º de novembro.
O Dia das Bruxas que
conhecemos hoje tomou forma entre 1500 e 1800. Ele permite subverter normais
sociais como evitar contato com estranhos ou explorar o lado sombrio do
comportamento humano. Une religião, natureza, morte e romance.
Por que a Bíblia condena
práticas como bruxaria, consulta aos mortos, adivinhação e etc..?
O contexto desta
proibição está em Deuteronômio 18:
“Quando entrares na terra que o Senhor teu
Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre
ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador,
nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os
mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas
abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás,
como o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os
prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu
tal coisa.” Deuteronômio 18:9-14
A grande questão está
onde se busca a revelação do sobrenatural.
Depois de uma lista de
várias fontes de revelação desaprovadas (18:9-14), encontramos o contraste
claro com a fonte aprovada, na Palavra de Deus (18:15). Esta passagem aponta
explicitamente para Jesus Cristo, o profeta que seria levantado por Deus.
Entender este princípio (de interpretação Cristocêntrica) nos ajuda a ver porque todas as formas de adivinhação,
astrologia, feitiçaria e necromancia são condenadas na Bíblia. Procurar revelação de tais
fontes é rejeitar a autoridade do Filho de Deus.
Vejamos:
“O Senhor teu Deus te
levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;” Deuteronômio
18:15
O tema central da
Bíblia, sem dúvida é o Senhor Jesus Cristo.
A própria Bíblia declara
isto em Lucas 24:27: E, começando por Moisés, e por todos os profetas,
explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
No mesmo capítulo, no versículo 44, o próprio Senhor
Jesus afirmou: E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda
convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei
de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.
Em João 5:39, ele
reafirma: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna,
e são elas que de mim testificam;
A revelação geral e a
revelação especial são as duas formas que Deus tem escolhido para Se revelar à
humanidade.
A revelação geral se refere às verdades gerais que podemos aprender
sobre Deus através da natureza. A revelação especial se refere às verdades mais
específicas que podemos aprender sobre Deus através do supernatural.
Em relação à revelação
geral, Salmos 19:1-4 declara: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o
firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma
noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e
deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua
voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.” De acordo com essa
passagem, a existência e o poder de Deus podem ser vistos claramente através da
observação do universo. A ordem, detalhes e maravilha da criação falam da
existência de um Criador poderoso e glorioso.
A revelação geral
também é ensinada em Romanos 1:20: “Porque os atributos invisíveis de Deus,
assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se
reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas
que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”. Semelhante ao
Salmo 19, Romanos 1:20 ensina que o poder eterno e a natureza divina de Deus
“claramente se conhecem” e são “percebidos” pelo que foi criado, e não há
nenhuma desculpa para negar esses fatos.
Com essas Escrituras em mente, talvez
uma definição de revelação geral seria: “A revelação de Deus a todas as
pessoas, em todos os momentos e em todos os lugares que prova que Deus existe e
que Ele é inteligente, poderoso e transcendente.”
A revelação especial é
como Deus escolheu Se revelar através de meios milagrosos. Ela inclui aparições
físicas de Deus, sonhos, visões, a Palavra escrita de Deus e mais importante –
Jesus Cristo.
A Bíblia registra Deus aparecendo de forma física várias vezes
(alguns exemplos: Gênesis 3:8; 18:1; Êxodo 3:1-4; 34:5-7). A Bíblia registra
Deus falando a pessoas através de sonhos (Gênesis 28:12; 37:5; 1 Reis 3:5;
Daniel capítulo 2) e visões (Gênesis 15:1; Ezequiel 8:3-4; Daniel capítulo 7; 2
Coríntios 12:1-7).
Uma parte importante da
revelação de Deus é a Sua Palavra, a Bíblia, a qual também é uma forma de
revelação especial. Deus de forma milagrosa guiou os autores das Escrituras a
registrarem corretamente a Sua mensagem à humanidade, ao mesmo tempo usando os
seus estilos e personalidades. A palavra de Deus é viva e ativa (Hebreus 4:12).
A Palavra de Deus é inspirada, útil e suficiente (2 Timóteo 3:16-17).
Para a neo-ortodoxia, é importante mencionar que a
Bíblia é vista não como a revelação de Deus, mas apenas como um testemunho
humano dessa revelação.
A forma suprema da
revelação especial é a pessoa de Jesus Cristo. Deus se tornou um ser humano
(João 1:1,14). Hebreus 1:1-3 resume muito bem: “Havendo Deus, outrora, falado,
muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos
dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo
qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão
exata do seu Ser.”
Preparação: Todo o
Antigo Testamento trata da preparação para o advento de Cristo.
Manifestação: Os Evangelhos tratam da
manifestação de Cristo ao mundo, como Redentor.
Propagação: Os Atos dos Apóstolos tratam da
propagação de Cristo por meio da Igreja.
Explanação: As Epístolas tratam da explanação
de Cristo. São os detalhes da doutrina.
Consumação: O Apocalipse trata de Cristo
consumando todas as coisas.
Portanto!
“Dando graças ao Pai
que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O qual nos
tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu
amor; Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos
pecados; O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque
nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” Colossenses 1:12-17
“Para que os seus
corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da
plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de
Cristo, Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” Colossenses
2:2,3
“Porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade;” Colossenses 2:9
* neo-ortodoxia foi um movimento teológico que
floresceu na Europa (particularmente na Alemanha) da década de 1920. Reagindo
ao liberalismo teológico, a teologia dialética tem em Karl Barth o principal
nome.
CARSON,
D. A. Jesus, O Filho De Deus. Editora Vida Nova.
CAMPOS,
Heber Carlos. As Duas Naturezas do Redentor.
Editora Cultura Cristã
CAMPOS,
Heber Carlos. A União das Naturezas do Redentor. Editora Cultura Cristã
CULLMAN,
Oscar. Cristologia do Novo Testamento. Editora Liber.
WILEY,
Orton H. A Excelência da Nova Aliança em Cristo. Editora Central Gospel.
PIPER,
John. A Paixão de Cristo. Editora
Cultura Cristã.
OLSON,
Roger E. GRENZ, Stanley J. A Teologia do Século 20. Editora Cultura Cristã.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151029_origem_halloween_rb
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