terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A Volta de Cristo em Duas Etapas?


Cristo virá buscar a Igreja e depois Virá para Israel? Você também tem dúvidas sobre este assunto?

Fique comigo até o final do estudo e descubra a resposta!

O Arrebatamento e a Segunda Vinda São Dois Eventos Separados.

  • No Arrebatamento, Cristo não retorna até a superfície da Terra, mas pega os cristãos fiéis nos ares, levando-os diretamente até os céus.

"E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." João 14:3.

Além disso, o apóstolo Paulo escreveu:

"Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." 1ª Tessalonicenses 4:17.

  • Na Segunda Vinda, Cristo retorna para reinar tanto sobre Israel quanto sobre todo o mundo, assentado no trono de Davi, em Jerusalém.

"E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul." Zacarias 14:4.

"Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim." Lucas 1:32-33.

Surge muita confusão quando se deixa de distinguir entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda. As Escrituras deixam bem claro que esses são dois eventos distintos, separados por um período não especificado de tempo.

O "Arrebatamento" é uma interpretação baseada em diversas passagens das Escrituras que profetizam que todos os crentes salvos que estiverem vivos no tempo em que o evento ocorrer, serão tomados nos ares para se encontrarem com Cristo, receberão corpos glorificados e incorruptíveis e habitarão a partir daí com Cristo no reino celestial.

As principais passagens nas Escrituras referentes ao Arrebatamento são as seguintes:

"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." 1ª Tessalonicenses 4:13-18.

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor." 1ª Coríntios 15:51-58.

Ilustração do Arrebatamento(clique na imagem para ver ampliada):



A palavra grega que foi traduzida como "arrebatamento" é harpazo, que significa no original "tomar de forma súbita", ou "arrancar".

Existem vários precedentes para o arrebatamento — a transladação de Enoque, a transladação de Elias, a ressurreição e ascensão de Cristo, a ressurreição e ascensão das Duas Testemunhas no livro do Apocalipse, e a transladação de Filipe (que apenas foi transferido para outro local na Terra). Com relação a esta última, Atos 8:39 diz: "E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho."

A mesma palavra, harpazo, é usada em relação a Filipe.

“Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” 1ª Tessalonicenses 1:9,10

 “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” Filipenses 3:20,21

“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,” 1ª Tessalonicenses 5:9

A primeira fase será no ar (1ª Tess. 4:15-17);

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” 1ª Tessalonicenses 4:17

A segunda será para ser na terra (Zacarias. 14:4; Mateus 25:31-34).

"E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;"  Mateus 25:31-34

Ilustração sobre a Segunda Vinda (clique na imagem para ver ampliada):


  1. A primeira fase de Sua vinda será para o Seu povo (Mat. 25:6-10; João 14:2);
  2. A segunda fase será com o Seu povo (Judas 14; Apoc. 17:14).
  1. Na primeira fase os justos serão tirados dentre os ímpios (1ª Tess. 4:15,17);
  2. Na segunda fase os ímpios serão tirados dentre os justos (Mat. 13:40-42). Mat. 25:6-10
  1. Na primeira fase os justos na terra encontrarão o Senhor no ar para irem para o céu com Ele (1ª Tess. 4:17; João 14:2);
  2. Na segunda fase eles simplesmente entram no reino aqui na terra (Mat. 13:43; 25:34).

O Novo Testamento fala só de uma vinda, mas claramente revela que esta uma vinda consistirá de duas fases, separadas por um período de tempo.

As Bodas do Cordeiro

O livro do Apocalipse diz claramente que as bodas de Cristo com Sua noiva, a Igreja, ocorrem no céu antes de Cristo retornar à Terra na Segunda Vinda para derrotar o Anticristo:

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro... E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus." Apocalipse 19:7-13.

Isto mostra que o Arrebatamento e a Segunda Vinda são dois eventos separados. Isto também implica que o Arrebatamento precisa ter ocorrido bem antes da Segunda Vinda. Sabemos isto porque a Bíblia traça um paralelo claro entre a tradição judaica do compromisso, noivado e casamento e os preparativos feitos por Cristo, antevendo Seu casamento com a igreja.

O "compromisso" de Cristo com sua noiva ocorreu antes da fundação do mundo — "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor." Efésios 1:4. Ele reivindicou Sua noiva legalmente por meio do noivado em Sua primeira vinda e depois foi preparar um lugar para ela. O dote é pago na ocasião do noivado: "Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus."1ª Coríntios 6:20.

Cristo prometeu vir novamente e levar Sua igreja para o lar que preparou para ela. De acordo com o costume judaico nos tempos bíblicos, o noivo ia de surpresa à casa da noiva após um intervalo de um ano, ou pouco mais, e a chamava para se apresentar para ele — a data nunca era especificada previamente. Ele chegava durante a noite, com o sonido de trombetas.

O Velho Testamento não faz qualquer declaração profética sobre a Época da Igreja. "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." 1ª Coríntios 15:51-52. A Época da Igreja é descrita como um "mistério" porque ela não tinha sido revelada anteriormente. Se a igreja ainda estivesse envolvida nos eventos da Tribulação, era de se esperar que esse fato importante aparecesse em alguma parte nas profecias no Velho Testamento, mas aparentemente não aparece.

Israel Como Testemunha para o Mundo

A testemunha de Deus durante a Tribulação é Israel, não a igreja. Seria extraordinário se a igreja estivesse na Terra durante a Tribulação e não fosse mencionada uma única vez sequer nos capítulos 4-18 do Apocalipse. Os 144.000 são testemunhas para o mundo, provenientes das doze tribos de Israel (exceto a tribo de Dã). Eles não são cristãos fiéis da Época da Igreja.

A Angústia de Jacó

A Tribulação é o tempo da "angústia de Jacó", quando os filhos de Israel finalmente encontram libertação da servidão, após um período de grandes provações:

"Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela. Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço, e quebrarei os teus grilhões; e nunca mais se servirão dele os estrangeiros. Mas servirão ao SENHOR, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei." [Jeremias 30:7-9].

Esta descrição marca a Tribulação como um evento específico para Israel, não para a igreja.
Vejamos o que dizem as Escrituras do Antigo Testamento sobre o assunto "Dia do Senhor" — "o tempo de angústia de Jacó" — para obter uma melhor compreensão de sua aplicação a Israel. Como veremos, poucos temas bíblicos associados com o fim dos tempos atraíram tanta atenção ou foram tão enfatizados no Antigo Testamento.

Quando os profetas mencionam: "O dia do Senhor", frequentemente soam como Amós, que escreveu:

"Ai daqueles que desejam o dia do SENHOR! Para que quereis vós este dia do SENHOR? Será de trevas e não de luz. É como se um homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o urso; ou como se entrando numa casa, a sua mão encostasse à parede, e fosse mordido por uma cobra. Não será, pois, o dia do SENHOR trevas e não luz, e escuridão, sem que haja resplendor?" Amós 5:18-20.

Embora o "Dia do Senhor" como um termo teológico, inclua tudo o que acontece em todo o período durante o qual Deus cumpre Suas promessas e traz a história ao fim, a ênfase encontrada na maioria das passagens do Antigo Testamento está no período tenebroso de tribulação e julgamento que iniciará aquele dia

Ele é retratado como um tempo terrível para a humanidade; dias repletos dos juízos de Deus em que a Terra será devastada e esvaziada, e seus habitantes morrerão aos milhões. Haverá trevas, aflições e ais, à medida que a ira de Deus for totalmente liberada contra a humanidade rebelde compare Deuteronômio 4:30-31; Isaías 2:19, 24:1,3,6,19-21; Jeremias 30:7; Daniel 12:1; Joel 1:15, 2:1-2; Amós 5:18-20; Sofonias 1:14-15,18.

Conforme vemos nessas passagens do Antigo Testamento, as nações pagãs e o povo eleito de Deus, Israel, experimentarão o julgamento divino, pois a abrangência da Tribulação será mundial.

  • Dia do Senhor: Isaías 2:12; 13:6; Ezequiel 13:5; 30:3; Joel 1:15, 2:1,11,31; Amós 5:18-20; Obadias 1:15; Sofonias 1:7,14; Zacarias 14:1; Malaquias 4:5.
  • Tribulação: Deuteronômio 4:30-31; Isaías 2:19, 24:1,3,6,19-21, 26:20-21; Jeremias 30:7; Daniel 9:27, 12:1; Joel 2:1-2; Amós 5:18-20; Sofonias 1:14-15,18.


A tribulação (sete anos) é a 70ª (septuagésima) semana de Daniel. Ela não  se refere á a Igreja, e sim à Israel.

Agora que estabelecemos a base para o Período da Tribulação e mostramos como ele se refere a Israel e não à igreja. Vejamos:

As Setenta Semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus. (clique na imagem para ver ampliada)



Contextualizando a Profecia:

Para bem compreendermos a profecia das 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus, necessita-se primeiramente entender e levar em conta tudo o que diz a Lei sobre Jerusalém e os judeus; e também atentar à época e a condição que Jerusalém se encontrava quando esta profecia lhe fora promulgada: pois estava destruída, e com inúmeros judeus mortos, outros tantos dispersos em vários países e ainda outros cativos na Babilônia, expulsos da terra de Israel.

E foi nesta condição de: estar Jerusalém destruída (e também rejeitada) é que Deus lhe determinou as 70 semanas de anos sobre a cidade santa.

Devido à desobediência e rebeldia dos filhos de Israel, suas doze tribos que formavam único reino, foram divididas em dois: reino de Israel, a norte (englobando dez tribos) e reino de Judá, ao sul (com duas tribos), e apenas o reino do sul (Judá) era governado pelos descendentes do rei Davi.

E o Reino do Norte (Israel) devido a seu pecado é desapossado da terra (a mando do Senhor) pelos reis da Assíria, e transportado a outras nações. (II Rs. 17:17-18 - II Rs. 17:23-24).

Depois, o reino de Judá (também por pecado e rebeldia) é rejeitado, e Jerusalém e o Templo são destruídos. (II Rs. 23:27).

"E queimou-se a casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém, e todas as casas dos grandes queimou. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém." (II Rs. 25:9-10)

E milhares de judeus caíram pela espada e pela fome, outros tantos são dispersos por outras nações, ficando na cidade, destruída, somente os mais pobres de entre o povo. (II Reis 25:12)

E à Babilônia são levados cativos milhares de judeus. (II Reis 25:11 - Jer. 52:26-30)

Segundo a palavra do Senhor, por boca de Jeremias, esse cativeiro se perduraria na Babilônia 70 anos. (Jer. 25:11, 29:10) Essa contagem dos 70 anos (de cativeiro) só começaria a se contar depois da completa destruição de Jerusalém pelos caldeus, fato ocorrido no ano 19º de Nabucodonosor, rei da Babilônia.

Passados os 70 anos, a Babilônia é conquistada por Medos e Persas, então, o rei da Pérsia, Ciro (no seu 1º ano de reinado) lança um decreto, por ordenação Divina, convocando aos judeus o retorno à pátria, e à Jerusalém, a fim de se edificarem o Templo do Senhor e a cidade. (Esd. 1:1-3)

Assim que (somente após cumpridos exatamente os 70 anos em cativeiro na Babilônia, nos quais 70 anos também se cumpriam a desolação da cidade o repouso da terra (pelo mesmo período) é que, Daniel estava a suplicar a Deus pelos pecados de seu povo e pela desolação de Jerusalém (Dan. 9:1-23); então, o Senhor lhe responde c/ esta profecia por meio de um anjo estabelecendo-nos: as 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus: Daniel 9:24.

Estão determinadas sobre a cidade santa Jerusalém unicamente 70 semanas (de anos) da parte de Deus quanto a si; e todos os acontecimentos proféticos relacionados à cidade santa só se dizem respeito a esse período (das 70 semanas de anos) que o Senhor Deus lhe determinou; porquanto Deus é Quem estabelece e determina as coisas, e não os homens.

Cada semana dessa profecia equivale-se a 7 (sete) anos

Em Levítico 25:8 - Deus institui aos judeus (ainda no deserto) a demarcação e guarda às semanas de anos (cada semana de ano equivalendo-se a 7 anos).  Razão pela qual o termo: semana, no Velho Testamento pode corresponder-se a dois sentidos: 7 dias ou 7 anos, dependendo da situação e contexto apresentado. Por isso, as semanas de anos já eram conhecidas, utilizadas e contabilizadas pelos judeus; pois na lei, Deus lhes determina semeadura na própria terra, unicamente por seis anos consecutivos, e, o ano sétimo, a terra, pela lei, também deveria descansar obrigatoriamente - sábado da terra.

Também (na lei) é instituído o ano do jubileu, quando Deus lhes determina que eles (judeus) contassem sete ciclos de sete anos (ou 7 semanas de anos totalizando 49 anos) para no ano seguinte, o qüinquagésimo, se celebrar o ano do jubileu - quando todo o judeu que se tornara servo de outrem, fosse libertado da sua servidão; e o judeu pobre que vendera sua propriedade a outrem (judeu ou estrangeiro), retornasse a sua propriedade, pois tinha possessão perpétua da terra, ordem de Deus na lei. (Lev. 25:23-28)

Então, se pela lei, os judeus tinham seu descanso obrigatório no 7º dia da semana (o sábado); a terra, por sua vez, tinha também seu descanso obrigatório ao 7º ano de cada ciclo de 7 anos (ou seja, de cada semana de ano); e só cultivavam-na durante seis anos, e, todo o ano sétimo era descanso da terra:  "sábado da terra", "ano sabático"; e só se comeria a novidade do campo. (Lev. 25:3-4)

Isso é para mostrar que na lei e pela lei havia um tratado entre Deus e os judeus com respeito à contagem e guarda das semanas de dias (7 dias), como também de semanas de anos (7 anos) - e os judeus bem o sabiam.

Assim temos:

  • 7 semanas (49 anos)  - p/ se restaurar e edificar o Templo e Jerusalém.

  • + 62 semanas (434 anos) - até o Messias, o Príncipe.
  • após as 62 semanas - o Messias é cortado.

Porque, na verdade, a cidade e o templo deveriam estar devidamente edificados, preparados, e também o povo, para que, ao cumprir-se o tempo estabelecido na profecia para que o Messias viesse, se pudessem recebê-Lo, e ouvi-Lo e crê-Lo.

Quando se iniciam as 70 semanas (de anos) ?

O texto mostra claramente quando as 70 semanas de anos deveriam se iniciar:

"… desde a saída da ordem para restaurar e para edificar a Jerusalém …" (Dan. 9:25a)

Como são divididas as 70 semanas:  7  + 62  + 1 (semanas)

Quando o anjo entregava a profecia determinando as 70 semanas sobre Jerusalém, ele faz a divisão desvinculando a septuagésima semana ao tempo da vinda do Messias.

Quando afirma: "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, 7 semanas + 62 semanas..."  (Dan. 9:25)

 Então, a profecia é que propõem divisões; a lacuna; e a seqüência de fatos profetizados nessas lacunas, a se cumprirem, quando diz:

“Sabe e entende: desde a saída da ordem p/ restaurar e p/ edificar Jerusalém até o Messias, o Príncipe, 7 semanas e 62 semanas..." (totalizando-se 69 semanas).

Assim, o próprio anjo é quem promove lacunas, quando afirma que desde a ORDEM para se restaurar Jerusalém até o MESSIAS, se dariam 7 semanas + 62 semanas (e não mais).

E depois das 62 semanas, o Messias seria cortado; e a cidade e santuário seriam destruídos (após as mesmas 62 semanas contabilizadas a se cumprirem até o Messias); mostrando verdadeiramente que a cidade e o santuário (destruídos, conforme a história, 37 anos após a crucificação), no entanto, tal evento (destruição da cidade e santuário) não se dá após a 70ª semana e última semana (que ainda não fora contabilizada e mencionada na profecia, tampouco informado o que nela se daria - nos versos 25 e 26 de Daniel 9); senão que, tudo o que se deveria ocorrer (crucificação, e destruição ao templo e à cidade), se cumprem após as 7 + 62 semanas que demarcavam o corte do Messias.

Um Concerto iniciará a 70ª semana:

Então, a 70ª semana da profecia se inicia num concerto (pacto) c/ muitos.

(ora, é através do “CONCERTO com MUITOS” - que a 70ª semana da profecia se inicia (e não por alguma outra coisa qualquer).

E esse PACTO com muitos a iniciar a 70ª semana da profecia, deverá referir-se única e exclusivamente a Jerusalém e os judeus!

Pois as respectivas 70 semanas foram determinados a ambos!

Na imagem a seguir além de um quadro mais detalhado sobre as setenta semanas, pode-se visualizar o acordo. (clique na imagem para ver ampliada):



Marcos definidos na 70ª semana:

  1. "E ele firmará um CONCERTO c/ muitos por uma semana,
  2. e na METADE DA SEMANA fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares,
  3. e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a CONSUMAÇÃO,
  4. e o que está determinado será derramado sobre o assolador." (Dan. 9:27)

 Então, os dois MARCOS definidos na 70ª semana são:

  • o CONCERTO que a inicia;
  • depois na SUA METADE, vem-lhe o assolador;

e isso, até a CONSUMAÇÃO.

A profecia das setenta semanas ainda não se cumpriu falta a semana de número 70 que é sinônimo da Grande Tribulação e é um período para Israel e não para a Igreja.

É neste respectivo tempo que se cumprem e se encaixam várias e várias profecias do Apocalipse.

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