Alguém já disse é bom
repetir: “um professor ou professora que tem noção da sua importância na
formação do cidadão não tem preço.” Claro!
No entanto isso não
invalida o fato de que é preciso melhorar o reconhecimento aos professores e
professoras.
Gostaria de
problematizar a questão com 03 (três) frases:
“Se você acha que
educação é cara, experimente a ignorância." Derek Bok (ex-reitor e ex-diretor
da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard).
“Eu não ensino e não mando. Ensinando sai
cópia, mandando sai escravo. Eu transmito meu espírito". (Kan-Tchi Sato).
“O professor medíocre
conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande
professor inspira.” William Arthur Ward
Essas três frases, ilustram
bem, a importância e a responsabilidade de professoras e professores, que
precisam inspirar no aluno a confiança, o desejo de aprender e, os bons valores
humanos. (sei que alguém dirá: Valores aos olhos de quem? E a subjetividade? Para
tanto sugiro a bibliografia no final e continuar a leitura).
É necessário que esses
profissionais descubram seu verdadeiro valor, e mais, que a sociedade como um
todo, (Instituições de Ensino, Governo, Igreja, Família, alunos), valorizem o
profissional da educação.
Os mais sinceros e
comoventes elogios ao profissional do ensino, não resolvem o problema da
educação, se os professores e os professoras não forem valorizados e não se
sentirem assim.
O que a Bíblia diz:
“E o que é instruído na
palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui.” Gálatas 6:6
“Os presbíteros que
desempenham bem o encargo de presidir sejam honrados com dupla remuneração,
principalmente os que trabalham na pregação e no ensino." 1ª Timóteo 5:17 (VC)
“Compra a verdade, e
não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento.” Provérbios
23:23
“A sabedoria é a coisa
principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de
entendimento.” Provérbios 4:7
E essa história toda de
“valor”?
Dentro do contexto, mais
uma questão para se refletir: O mundo reflete o seu código de valores.
O que realmente
determina a remuneração no mercado não é o mérito, não é a virtude, não é o
esforço ou a dedicação. É apenas a criação de valor; o valor que aquela pessoa
consegue adicionar à vida dos demais. Não importa se é por esforço,
inteligência, sorte, talento natural, herança; quanto mais imprescindível ela
for aos outros, mais os outros estarão dispostos a servi-la.
O esforço por si só não
garante nada. Se a pessoa encontra um campo em que ela gera valor, o esperado é
que mais esforço gere mais valor.
É assim que as
sociedades enriquecem. Não tem nada a ver com a crença de que a renda é ou
deveria ser proporcional ao mérito.
Às vezes nem sei o que
pensar, mas a lógica é a seguinte: “Satisfaça as necessidades dos outros, e as
suas serão satisfeitas. Não importa se é por mérito, por sorte ou por talento.
O cara mais esforçado e bem-intencionado do mundo, se não criar valor, ficará
de mãos vazias. Você criou valor, será recompensado. Sua riqueza não diz nada
sobre o seu mérito; ela não justifica e nem precisa ser justificada. O
resultado desse foco no valor é que mais valor é criado. Você recebe aquilo que
entrega”.
Um bom professor pode
realmente gerar valor, mas ele gera valor para uma "quantidade ínfima" de pessoas
ao ano. Quantos alunos diferentes ele tem? Ele cria valor para duzentas pessoas por ano?! (capacidade de alcance/visibilidade) É uma
produtividade extremamente baixa se comparada a determinada figura midiática por exemplo.
Está começando a
entender o problema?
“Voltei-me, e vi
debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem
tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco
dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos.”
Eclesiastes 9:11
Eita!!!
Não sei por que, mas
diante do contexto atual e do que estou tentando expressar nesse artigo O livro
"Admirável Mundo Novo" (1932) de Aldous Huxley, não me sai da cabeça.
O livro traça o contraste entre o “moderno” e o “atrasado”, tecendo críticas ao
desenvolvimento “prodigioso” da ciência, que, segundo o autor, ao contrário de
promover benesses à sociedade, contribuiu para o surgimento de diversos
problemas de ordem social que posteriormente não seriam resolvidos.
Bom, seja como for:
“Há mais uma coisa sem
sentido na terra: justos que recebem o que os ímpios merecem, e ímpios que
recebem o que os justos merecem. Isto também, penso eu, não faz sentido. Por
isso recomendo que se desfrute a vida, porque debaixo do sol não há nada melhor
para o homem do que comer, beber e alegrar-se. Sejam esses os seus companheiros
no seu duro trabalho durante todos os dias da vida que Deus lhe der debaixo do
sol!” Eclesiastes 8:14,15
Lei também meu artigo: Professor:
Dom ou Esforço? Acesse:
PERISSÉ, Gabriel. O valor do professor.
Martins Fontes.
TEZZA, Cristovão. O Professor. Ed.
RECORD.
CAMARGO, Ana Carolina Correa Soares de.
Educar uma Questão Metodológica? Ed. Vozes.
GERMANO, Altair. Pedagogia
Transformadora. Ed.CPAD
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e
pedagogos, para quê? Ed. São Paulo, Cortez.
HENDRICKS, Howard. Ensinando para Transformar
Vidas. Ed. Betânia.
HENDRICKS, Howard. HENDRICKS, Willian. Como
o ferro afia o ferro - A formação de caráter por meio do mentoreamento. Ed.
Vida Nova.
RICHARDS, Lawrence O. Teologia da
Educação Cristã. Ed Vida Nova
COSTA, Débora Ferreira da. Dinâmicas
Criativas para o Ensino Bíblico. Ed. CPAD
GERMANO, Altair. O Líder Cristão e o Hábito
de Leitura. Ed. CPAD
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2054
https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/uma-analise-sobre-o-livro-admiravel-mundo-novo
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